Bugio

ÚNICO RITMO AUTENTICAMENTE GAÚCHO!!!

        O nome desse ritmo e os movimentos excecutados na dança são inspirados em um tipo de macaco muito astuto e popular que habita as regiões de matas no sul do país, o bugio.

        É um autêntico ritmo gaúcho, criado e desenvolvido no Rio Grande do Sul, diferente dos demais que mesmo com suas adaptações são das mais diversas origens (geralmente européias). Não sabe-se ao certo mas, alguns dissem que o bugio surgiu de um erro do gaiteiro, outros dissem que foi da tentativa de imitar o ronco do bugio usando o jogo de fole da gaita.
        Era dançada pela ralé (camada inferior da sociedade) comum nos bailes ´Bragados´ da região rural missioneira e nos meretrícios, mas tornou-se bastante popular passando a ser aceita até mesmo nas festas da alta sociedade. Atualmente o Bugio tem grande aceitação no meio tradicionalista e na maioria das festas populares do Rio Grande do Sul especialmente nas regiões das missões, no planalto médio e nos campos de cima da serra, mas parece perder espaço entre grupos musicais, mesmo sendo a dança de salão mais autêntica e gaúcha entre todas as coreografias e ritmos executados no baile tradicional.
        A coreografia lembra os movimentos do macaco, dois passos para cada lado, cada compasso é binário e equivale a dois movimentos para cada lado, sendo que na passagem do segundo para o terceiro movimento no momento em que é dado o jogo de foles da gaita, os pares dão um pulinho lateral.

        Segundo o pesquisador Paixão Cortes e Barbosa Lessa em pesquisa realizada por volta de 1940, a autoria da criação é dada à Neneca Gomes, morador da localidade Mato Grande, Quinto Distrito de São Francisco de Assis, porém outros discordam desta ideia, dando o título de criador do ritmo à um outro gaiteiro, morador do Segundo Distrito desta mesma cidade, que não gravou.

        Atualmente, existem festivais dedicados ao bugio, como o "Ronco do Bugio" em São Francisco de Paula e o "Querência do Bugio" em São Francisco de Assis.